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quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Abençoar - Abençoar e compreender

 Ressentimento não se constitui tão só do azedume que se nos introduz no espírito, quando a incompreensão nos torna intolerantes, à frente das grandes dificuldades de alguém. 

Existem igualmente os pequeninos contratempos do cotidiano que, sem a precisa defesa da vigilância, acabam por transformar-nos o coração em vaso de fel, a expelir germes de obsessão e desequilíbrio, ambientando a enfermidade ou favorecendo a morte. 

Analisemos essas diminutas irregularidades que nos será lícito classificar como sendo cargas de sombra íntima: 

- o descontentamento à mesa porque a refeição não apresente o prato ideal; 

- a impaciência ante a condução retardada; 

- a indisposição contra o clima; 

- a contrariedade em serviço; 

- o constrangimento para desculpar um amigo; 

- o mal-estar perante um desafeto; 

- o melindre desperto, em ouvindo opiniões que se nos mostrem desfavoráveis; 

- o desagrado nas compras; 

- o desgosto injustificável em família, unicamente pelo motivo deste ou daquele parente não pensar pela nossa cabeça; 

- os cuidados exagerados com obstáculos naturais na experiência comum; 

- a pressa e a agitação desnecessárias; 

- o descontrole ante uma visita problema; 

- a exasperação diante de uma tarefa extraprograma; 

- o desespero contra as provas inevitáveis que a vida nos oferece a cada um. 

Tanto pesa na balança o quilo de chumbo em massa, quanto o quilo de palha nela depositado, de haste em haste. 

Meditemos, em torno disso, e reconheceremos que o perdão incondicional deve também alcançar as mínimas circunstâncias que se nos façam adversas.

Em síntese, para que a paz more conosco, assegurando-nos proveito e alegria, nos caminhos do tempo, é forçoso não apenas trabalhar e servir sempre, mas igualmente compreender e abençoar. 

Emmanuel – A bençoar e compreender - O Consolador – Nº 615 – 21/04/2019 

Emmanuel, Livro: Mãos Unidas, (Chico Xavier)


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